No interior da cidade encontra-se o estado do Vaticano, residência do Papa. É uma das cidades com maior importância na História mundial, sendo um dos símbolos da civilização europeia.[3] Conserva inúmeras ruínas e monumentos na parte antiga da cidade, especialmente da época do Império Romano, e do Renascimento, o movimento cultural que nasceu na Itália.
A área metropolitana tem cerca de 2 546 804 habitantes (2001),[4] e estende-se por uma área de 1285 km², tendo uma densidade populacional de 1981 hab/km², o que a torna na maior cidade da Itália[4] e também na capital européia de maiores dimensões. O presidente da câmara (Sindaco) em 2008 é Gianni Alemanno.
História
Com o fortalecimento do cristianismo do rei, no século III d.C., o Bispo de Roma (que mais tarde passaria a ser chamado de Papa) tornou-se a maior autoridade religiosa na Europa Ocidental.
A partir de meados do século III, com o começo das migrações dos povos bárbaros para o interior das fronteiras do Império,[6] e que eventualmente invadiriam por várias vezes a cidade, registrou-se um fluxo de habitantes da cidade para o campo; quando o Império entrou em colapso (476),[7] pouco mais de 50 mil habitantes ainda moravam na cidade. A cidade de Roma estaria em mãos bárbaras (e apoiada economicamente e politicamente pelos Impérios Bizantinos) por pelo menos mais quatro séculos até que, em 756, Pepino III, o Breve, derrotou os Lombardos, devolvendo a Roma sua autonomia. Roma passaria a ser capital dos Estados Pontifícios até 1870, onde o Papa era a autoridade máxima do Estado.
Numa série de acontecimentos sem precedentes em toda a península itálica, Roma tornou-se a capital da nova Itália unificada de Giuseppe Garibaldi, em 1871. Em 11 de fevereiro de 1929, Benito Mussolini estabeleceu, numa série de acordos com o Papado, o Estado independente do Vaticano, cedendo um pedaço de 0,44 km² no seio da cidade a este novo país.
Durante a Segunda Guerra Mundial, Roma sofreu pesados bombardeamentos e foi também o palco de várias batalhas, embora tenha sofrido menos danos que outras cidades controladas pelo Eixo (como Berlim ou Varsóvia); foi capturada pelos Aliados em 4 de junho de 1944, tornando-se a primeira capital de uma potência central do Eixo a cair.
Nos anos que se seguiram à Guerra, a cidade foi palco de crescimento acelerado. Com cerca de 240 mil habitantes à época da unificação do país, a cidade cresceu para 692 mil em 1921 e 1,6 milhão em 1962.[carece de fontes]
Em 1960, Roma sediou as Olimpíadas de Verão.[8]
Geografia
O núcleo do sistema urbano desenvolve-se ao longo do rio Tibre, em pequenos relevos no meio dos quais se encontra a ilha Tiberina. Tanto à esquerda como à direita do rio encontram-se relevos de pouca expressão, restos do antigo aparelho vulcânico designado de Vulcão Lacial, como os montes Tiburtinos e os montes Prenestrinos. Em termos de altitude, a zona varia entre os 13 m ao nível médio do mar da Piazza del Popolo e os 120 m do monte Mario.[9] Roma é atravessada ainda por outro rio, o Aniene, que conflui no Tibre ainda em território urbano. As margens do Aniene estão protegidas sob estatuto de parque natural.No inverno, mas principalmente em janeiro, as temperaturas são geladas, média de somente 7 °C,[10] costuma chover muito nessa época, o sol nasce as 7:40 e se põe as 16:50. No verão, mas principalmente em julho, a média é de 24 °C,[10] sendo que a quantidade de chuva é baixa, pois Roma tem um verão de pouca umidade, o sol nasce as 5:40 e se põe somente as 20:50. Novembro é o mês mais chuvoso da cidade, chove cerca de 112 mm,[10] enquanto julho é o mais seco, chove somente 15 mm.[10]
Ao nível administrativo, Roma faz fronteira com as comunas de Albano Laziale, Anguillara Sabazia, Ardea, Campagnano di Roma, Castel Gandolfo, Castel San Pietro Romano, Ciampino, Colonna, Fiumicino, Fonte Nuova, Formello, Frascati, Gallicano nel Lazio, Grottaferrata, Guidonia Montecelio, Marino, Mentana, Monte Porzio Catone, Monte Compatri, Monterotondo, Palestrina, Poli, Pomezia, Riano, Sacrofano, San Gregorio da Sassola, Tivoli, Trevignano Romano, Zagarolo.
Demografia
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A história de Roma iniciou-se a 800 a.C. com a aliança de várias povoações de centenas a milhares de habitantes. Desde então, o crescimento da cidade nos séculos seguintes foi contínuo, até se tornar numa megacidade no século I a.C., que contabilizou mais de um milhão de habitantes. Apenas já na Idade Média se deu um grande colapso demográfico que, em poucos anos, até 530 d.C., reduziu a população para pouco mais de 50.000 habitantes. Assim, no início da Idade Média, Roma comparava-se a uma vila actual. Seria apenas com a ascensão do Estado Pontifício que Roma floresceria novamente, tornando-se um destino de muitos viajantes já no século XIX, aumentando a sua população para 230.000; no entanto, seria no século seguinte que Roma se tornaria novamente numa cidade de milhões de habitantes, em apenas cerca de 100 anos. A tabela demonstra estimativas até 1858 e, entre 1861 e 2001, baseia-se nos censos respectivos, com dados de 2004 extraídos do instituto nacional de estatística (ISTAT).
Política
Relações internacionais
Roma possui uma única cidade-irmã, e 17 cidades parceiras.- Cidade-irmã
- Paris, França (em francês: Seule Paris est digne de Rome; seule Rome est digne de Paris; em italiano: Solo Parigi è degna di Roma; solo Roma è degna di Parigi; trad. "Somente Paris é digna de Roma; somente Roma é digna de Paris").[11]
- Cidades parceiras
Subdivisões
- Município I - includui os rioni tradicionais: I - Monti, II - Trevi, III - Colonna, IV Campo Marzio, V - Ponte, VI - Parione, VII - Regola, VIII - Sant'Eustachio, IX - Pigna, X - Campitelli, XI - Sant'Angelo, XII - Ripa, XIII - Trastevere, XIV - Borgo, XV - Esquilino, XVI - Ludovisi, XVII - Sallustiano, XVIII - Castro Pretorio, XIX - Celio, XX - Testaccio, XXI - San Saba, XXII - Prati.
- Município II - inclui os bairros("quartieri"): Flaminio, Parioli, Pinciano e Salario o Trieste.
- Município III - inclui: parte do rione Castro Pretorio, o bairro Nomentano e parte do Tiburtino.
- Município IV - inclui os bairros: Monte Sacro, Monte Sacro Alto, Val Melaina, Castel Giubileo, Marcigliana, Casal Boccone e Tor S. Giovanni.
- Município V - inclui os bairros: Pietralata, Ponte Mammolo, S. Basilio, Settecamini, Tor Cervara, Tor Sapienza e Acqua Vergine e parte do Tiburtino e Collatino.
- Município VI - inclui parte dos bairros: Tiburtino, Prenestino-Labicano, Tuscolano e Collatino.
- Município VII - inclui os bairros: Prenestino, Centocelle, Alessandrino e La Rustica e parte do Tuscolano, Collatino, Don Bosco, Tor Cervara, Tor Sapienza e Torre Spaccata.
- Município VIII - inclui os bairros: Lunghezza, S. Vittorino, Torre Angela e Borghesiana, e parte do Don Bosco, Acqua Vergine, Torre Spaccata, Torre Maura, Torre Nova, Torre Gaia e Ponte di Nona.
- Município IX - inclui parte dos bairros: Prenestino-Labicano, Tuscolano e Appio Latino.
- Município X - inclui os bairros: Appio Claudio e Capannelle e parte do Tuscolano, Don Bosco, Appio Pignatelli, Torre Maura, Torre Nova e Torre Gaia.
- Município XI - inclui parte dos bairros: Appio Latino, Ostiense, Ardeatino, Appio Pignatelli, Torricola e Cecchignola.
- Município XII - inclui os bairros: Giuliano-Dalmata, EUR, Fonte Ostiense, Vallerano, Castel di Decima e Torrino e parte da Ostiense, Castel di Leva e Cecchignola.
- Município XIII - inclui os bairros: Ostia Ponente, Ostia Levante e Castel Fusano e parte de Tor de'Cenci e Mezzocamino.
- Município XV - inclui parte dos bairros: Portuense, Gianicolense, Magliana Vecchia, Ponte Galeria e Pisana.
- Município XVI - inclui parte dos bairros: Portuense, Gianicolense, Maccarese, Pisana e Castel di Guido.
- Município XVII - inclui os rioni: Prati e Borgo e parte dos bairros Trionfale e Della Vittoria.
- Município XVIII - inclui parte dos bairros: Aurelio, Trionfale, Primavalle, Castel di Guido e Casalotti.
- Município XIX - inclui parte dos bairros: Aurelio, Trionfale, Primavalle e Della Vittoria.
- Município XX - inclui os bairros: Tor di Quinto, La Giustiniana, La Storta e Cesano e parte de Della Vittoria e Tomba di Nerone.
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Economia
O turismo possui um papel vital na economia de Roma, dado o status da cidade como um dos mais famosos e mais conhecidos destinos turísticos do mundo. A cidade é também um centro bancário e financeiro, embora já ultrapassado por Milão. Outras actividades de destaque são o marketing e a moda (roupas de griffe).
Actualmente, Roma dispõe de uma economia diversa e dinâmica concentrada, sobretudo, em inovações, tecnologias, comunicações, e no sector de serviços. A capital produz cerca de 6,5% do PIB (mais do que qualquer outra cidade no país) e mantém o seu crescimento a uma taxa superior às restantes. A cidade é também um importante centro financeiro, editorial, de seguradoras, moda, indústria de alta tecnologia, cinema (particularmente nos estúdios da Cinecittà — cidade do cinema — jocosamente chamada de "Hollywood do Tibre") e tecnologia aerospacial.[carece de fontes]
Muitas empresas escolheram Roma para fixar a sua sede internacional, bem como para sediar vários ministérios do governo, centros de conferências, eventos desportivos, museus, geralmente em zonas projectadas para isso mesmo: a E.U.R., projectada para dar lugar à Exposição Universal de Roma; em Torrino, mais a Sul da E.U.R., a Magliana, o Parco de' Medici-Laurentina, e o conhecido vale Tiburtina, ao longo da antiga Via Tiburtina.
Infra-estrutura
Transportes
Roma é circundada por uma auto-estrada circular de cerca de 60 km de perímetro, designada de Grande Raccordo Anulare (grande cordão circular), que intersecta todas as estradas consulares que datam da Roma Antiga, como a Via Salaria, a Nomentana, a Flaminia, Cassia, Aurelia, Portuense, Appia, Tuscolana, etc. — todas elas partindo do Capitólio e ligando Roma a todo o antigo Império. O ponto de partida, o quilómetro 0 físico, designava-se o miliarium, a coluna outrora dourada e colocada no Fórum, agora de mármore e colocada acima da Cordonata, a escadaria do Capitólio.Ao nível do transporte aéreo, Roma é servida por três aeroportos: Leonardo da Vinci, civil, situado entre Roma e Fiumicino; Giovan Battista Pastine, ao longo da Via Appia e da vila de Ciampino, civil low-cost e militar, e o aeroporto da Urbe, a 6 km do centro, ao longo da Via Salaria, que actualmente se encontra fechado à aviação civil. Existiu um quarto aeroporto na parte oriental da cidade, entre a Via Prenestina e a Via Casilina, abandonado já há alguns anos, e actualmente em reconstrução para se tornar num dos maiores parques da cidade.
O coração da cidade é servido por uma rede de metropolitanos, a Metropolitana di Roma. A construção do primeiro ramo teve lugar na década de 1930 e estava planeada para ligar rapidamente a estação de comboios (Termini) com a então recente área nos subúrbios a sul, a E42, onde se planeava dar lugar à Exposição Universal de 1942, que nunca chegou a ser realizada por causa da Segunda Guerra Mundial. A área foi então parcialmente redesenhada e renomeada para E.U.R. durante a década de 1950 para servir como um quarteirão moderno dedicado a escritórios. A linha seria finalmente inaugurada em 1955 e é actualmente parte da Linha B. A linha A foi inaugurada em 1980 entre as estações de Ottaviano e Anagnina, e mais tarde expandida em etapas (1999-2000) até Battistini. Durante a década de 1990 foi inaugurada uma extensão à Linha B de Termini a Rebibbia e encontra-se em construção uma ramificação da mesma.
Os achados arqueológicos da Cidade Eterna atrasam, naturalmente, os trabalhos e escavações. A rede subterrânea, relativamente reduzida, é geralmente bastante prática, embora se torne muito congestionada nas horas de ponta e durante eventos, especialmente a Linha A. Em 2005 a total extensão era de 38 km. As duas linhas existentes intersectam-se na Estação Termini, a principal estação de comboios em Roma, que é também a maior estação em toda a Europa, em baixo da qual (e em redor) existe um centro comercial conhecido como o Forum Termini com mais de 100 lojas de variados sectores. Outras estações: Tiburtina, a segunda maior, actualmente em remodelação e expansão para se tornar o principal entroncamente de comboios de alta velocidade na cidade, Ostiense, Trastevere, Tuscolana, San Pietro, Casilina e Torricola.
Note-se, no entanto, que o Metro de Roma é uma parte de uma extensa rede de transportes onde se incluem redes de eléctricos, várias linhas urbanas e suburbanas dentro e em redor da cidade, mais uma linha expresso para o Aeroporto de Fiumicino. Enquanto que as linhas regionais da Trenitalia disponibilizam um serviço suburbano em mais de 20 estações espalhadas pela cidade, linhas como a Roma-Lido (com início na estação Ostiense), a Roma-Pantano (estação Termini) e Roma-Nord (estação Flaminio) disponibilizam um serviço metropolitano.
Roma dispõe também de um flexível sistema de autocarros. O bilhete único, de duração de 75 minutos (em 2005), permite aos utentes viajar por toda a cidade utilizando qualquer companhia e qualquer meio de transporte.
Entretanto, devido ao congestionamento crónico verificado durante as décadas de 1970 e 1980, o centro histórico de Roma condiciona o tráfego numa zona designada de ZTL, Zona de Tráfego Limitada: apenas se pode circular com a viatura dentro da ZTL em horários específicos; em 2005, o horário restritivo ia das 6 às 18 horas. O tráfego intenso verificado durante a vida nocturna em algumas zonas da cidade levou também à criação de novas ZTLs durante a noite nos distritos de Trastevere e San Lorenzo e a título experimental no centro da cidade. Encontra-se em fase de planeamento a possibilidade de levar esta medida ao distrito de Testaccio. Durante os últimos anos procedeu-se à conversão dos parques de estacionamento ao longo das ruas em áreas espaçosa para parques pagos, enquanto proliferaram os parques subterrâneos; no entanto, encontrar estacionamento em Roma continua um problema, como vai sendo típico nas grandes cidades.
Cultura
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Património Mundial — UNESCO | ||||
Informações | ||||
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Inscrição: | 1980 | |||
Localização: | ||||
Critérios: | i, ii, iii, iv, vi | |||
Descrição UNESCO: | fr en |
Roma perdeu o Império, mas não a majestade.[nota 1] Com a sua imensa bagagem cultural, é um dos grandes pólos de atração turística internacional. Mas não somente do passado vive a Cidade Eterna. É, ainda, um grande centro de referência que se estende da moda à culinária. Assim, não somente pelo fato de ter constituído um grande império se orgulha o romano de sua cidade, assim como não somente para se embevecer com a Roma Antiga afluem para lá cidadãos de todo o mundo (como se, ainda hoje, todos os caminhos para lá convergissem), mas também pela dinâmica programação de eventos.[nota 2] Em certos períodos do ano, são realizados grandes festivais que atraem milhares de pessoas, principalmente jovens. Destacam-se:
- Festival da Europa de Roma[nota 3]
- Festival Romics[nota 4]
- Festival de Jazz de Roma[nota 5]
- Verões Romanos[nota 6]
- Festival de Literatura[nota 7]
- Noites Brancas[nota 8]
Pontos turísticos
Roma está repleta de remanescências do seu passado milenar. No decurso da sua História de mais de dois mil anos, Roma acumulou inúmeros e notáveis tesouros de arte e um património arqueológico sem igual no resto do mundo. Esta característica desta cidade pode ser separada em duas componentes histórica e culturalmente distintas:- A Roma Antiga, ou clássica;[6]
- A Roma Papal.[12]
Durante a Invasão Gálica (390 a.C.) é construída uma grande cinta muralhada, algumas partes da qual conservam-se ainda em alguns troços, conhecida erroneamente como Muralha Serviana.[15] A cidade seria rapidamente reconstruída, e foi à tamanha rapidez que os históricos romanos atribuíram o aspecto urbanístico desorganizado da cidade; com efeito, tal deveu-se possivelmente ao seu contínuo crescimento, não previsto nem planeado previamente, com edifícios e estradas simplesmente adaptados à geografia do terreno. Na idade Republicana, assiste-se à fundação de vários edifícios públicos e templos, sobretudo na área do Fórum Romano, cujas referências aparecem nas suas fases sucessivas. Criam-se as primeiras estradas consulares e as suas pontes sobre o rio Tibre, bem como os primeiros aquedutos.
Seria apenas a partir do século II a.C. que se assistiria às primeiras transformações monumentais, inseridas num plano urbanístico coerente (por exemplo, os templos republicanos da área sacra do Largo di Torre Argentina, construídos separadamente e unificados através de um grande pórtico. Nasceram tipos arquitectónicos como a basílica civil e o Arco do Triunfo. Pela primeira vez foi aplicada a técnica edificadora do cementizio, um material característico das construções da Roma Antiga, que dotou a arquitectura romana com um desenvolvimento particular e original, e que iniciou a importação de mármore e sua utilização como ornamento nos edifícios. O primeiro templo inteiramente em mármore foi o templo redondo do Fórum Boário. Os autores destas obras, que entretanto ganharam prestígio, iniciaram projectos urbanístico cada vez mais ambiciosos, a partir dos grandes pórticos da zona do Circo Flaminio ao Tabularium de Sulla, que se estende do Fórum Romano ao Capitólio, bem como o restauro ao templo capitolino. Pompeu deixa-nos o seu legado na cidade com a construção de um grande Teatro. Júlio César cria também uma nova praça com o seu nome, o Fórum de César, ao mesmo tempo que se dá o restauro da Cúria, sede do Senado.
No entanto, o maior desenvolvimento urbanístico deu-se na época Imperial. Com Augusto, a cidade é dividida em 14 regiões. Completam-se as intervenções de César e iniciam-se novos grandes projectos urbanísticos ao lado da praça do Fórum Romano, como a construção da Basílica Júlia e a remodelação da basílica Emília. Augusto, com a ajuda indispensável de Agripa, seu amigo e conselheiro, ocupar-se-ia da sistematização do Campo Marzio, que já vinha sido enriquecida de edifícios públicos e monumentos. Na zona periférica da cidade, é construído o seu mausoléu, e é erigido um grande relógio solar que usa um obelisco como gnomon e a Ara Pacis. Na área do Circo Flaminio surge o Teatro dedicado a Marcelo e, mais lentamente, o Templo de Apolo Sosiano.
O processo de monumentalização da cidade prosseguiu com os sucessores de Augusto. Em 64 d.C., durante o reinado de Nero, um grande incêndio quase destrói a cidade inteira. Para favorecer uma reconstrução ordenada e corrigir as condições que favoreceram o alastrar do incêndio foi criado um novo plano regulamentar, colocado em prática apenas parcialmente. Nero construirá, assim, a sua Domus Aurea e ocupará os espaços compreendidos entre os montes Celio, Esquilino e Palatino com uma enorme villa.
Após a morte de Nero, os imperadores Flavianos restituíram para uso público parte dos espaços ocupados para a sua residência, construindo as Termas de Tito na colina de Oppio e o Coliseu. Ainda durante esta dinastia, são erigidos o Arco de Tito, o Templo da Paz, o Fórum de Nerva e o Palácio imperial no Palatino ("Domus Flavia" e "Domus Augustana" e o estádio de Domiciano, a actual Piazza Navona.
Com Trajano completa-se a série de fóruns imperiais com a grande praça do Fórum de Trajano e a célebre coluna e o complexo contíguo de mercados. Além disso, surgem as termas na colina Oppio. Deve-se a Adriano a construção do Panteão com o seu aspecto actual e a construção de um mausoléu, transformado entretanto no actual Castelo de Santo Ângelo, embora a actividade edificadora diminuísse. Assiste-se ainda à construção do Templo de Adriano, inserido no posterior Palácio da Bolsa, o Templo de Antonino e Faustina, no Fórum Romano e a coluna Antonina, dedicada a Marco Aurélio. Durante a dinastia dos Severos são alçados o Arco de Septímio Severo e as termas de Caracala.
No decurso do século III, em que os imperadores passavam pouco tempo na cidade, a actividade edificadora quase pára por completo. É, no entanto, neste período que é erigida a Muralha Aureliana, atribuída ao imperador Aureliano, a partir de 272 d.C.: alguns séculos depois teme-se novamente pela segurança da cidade. As muralhas seriam sucessivamente reforçadas até adquirirem o aspecto monumental actual.
Com a Tetrarquia retoma-se a actividade edificadora com a construção das termas de Diocleciano, da Basilica de Massenzio e da grande vila de Massenzio, na via Appia, e do Arco de Constantino. A partir de Constantino I dá-se início à construção das primeiras grandes igrejas cristãs: as basílicas de São João de Latrão e de Santa Cruz de Jerusalém, e as basílicas cemiteriais nas tumbas dos mártires contíguas ao mausoléu da família imperial e, ainda durante os anos sucessivos, Santa Maria Maior e São Paulo Fora de Muros. Nos finais do século continuou-se, todavia, a restaurar os edifícios públicos e templos pagãos.
O poder temporal do Papado iria interferir, posteriormente, no território citadino e nas igrejas. São também incontáveis os vestígios arquitectónicos na periferia da cidade.
Por uma questão de conveniência, os monumentos foram separados em listas temáticas:
Igrejas · Praças · Catacumbas · Pontes · Fontes · Estradas consulares · Aquedutos · Portas · Obeliscos · Termas |
Desporto
No que diz respeito ao desporto e infrastruturas, Roma dispõe do Estádio Olímpico, do Estádio Flaminio e da Lottomatica, um complexo desportivo da década de 1950.No futebol, Roma é a cidade do Associazione Sportiva Roma (AS Roma), a Società Sportiva Lazio (SS Lazio), ambos na Serie A, a primeira divisão do campeonato italiano, e ainda a Associazione Sportiva Cisco Roma e a equipa feminina S.S. Lazio Calcio.
No ciclismo, esta cidade já foi meta de prova no Giro d'Italia, em 1989 (27 de Maio), 7ª etapa, vencida pelo suíço Urs Freuler, e em 2000 (13 de Maio), na prova de contra-relógio, vencida pelo checo Jan Hruška.
Roma ainda se faz representar em provas de basquete (Virtus Pallacanestro Roma), andebol (S.S. Lazio), pólo aquático (A.S. Roma e S.S. Lazio), voleibol (Virtus Roma, Linea Medica Siram Roma) e râguebi (Rugby Roma e S.S. Lazio).
A cidade já foi anfitriã dos Jogos Olímpicos de 1960[8] e foi candidata ao Jogos Olímpicos de 2016, porém retirou a candidatura.[16]
Símbolos e curiosidades
Devido à sua história milenar, são associados vários símbolos a Roma: o Coliseu, a Lupa Capitolina, os símbolos do cristianismo, e o famoso acrónimo S.P.Q.R., utilizado durante a expansão imperial para designar as terras como sendo d' O Senado e (d)o Povo Romano.As cores da cidade são o dourado e vermelho, representando, respectivamente, o cristianismo e o Império Romano.
Feriados municipais:
- 21 de Abril: fundação (aniversário) da cidade
- 29 de Junho: festa dos padroeiros da cidade
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